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Inteligência Artificial: Imortalidade sem Alma

Imagine que, daqui a 100 anos, um familiar seu quer falar consigo, membro não biológico da família. Sim, por essa altura provavelmente não estará vivo, ou será que está? Não estando vivo, poderá continuar a fazer parte da sua família? Ter uma presença ativa e quotidiana nas decisões da empresa que deixou como legado? Poderá continuar a estar presente nos almoços de família? A ouvir e a contar histórias? A analisar e discutir os temas da atualidade? A soprar as velas do seu aniversário, ainda que como membro não biológico da sua família?


E se for possível começar já hoje a preparar tudo isto? E se tudo isto for possível em muito menos de 100 anos?

Confuso? É natural que esteja, mas vamos então voltar ao início.


Imagine, que daqui a 100 anos, os seus trisnetos ou tetranetos são confrontados com um problema, uma decisão difícil que têm de tomar para assegurar a continuidade da empresa familiar que você lhes deixou como legado. Ou que têm um problema familiar e querem ouvir várias opiniões de membros mais experientes da família. Confrontados com o desafio decidem invocar a sua “Inteligência Artificial”, o seu “gémeo digital” que foi preparado por si com toda a informação que achou relevante deixar às gerações futuras para preservar na família anos de sabedoria e aprendizagem acumulada.


Nesse dia você será muito mais do que uma memória ténue na lembrança dos seus familiares. Deixará de ser apenas um nome gravado e gasto pelo tempo numa lápide de mármore de um cemitério, ou um perfil sem uso numa rede social onde deixou fragmentos digitais da sua vida biológica. Nesse dia, vai poder ajudar ativamente os seus trisnetos ou tetranetos a decidir o caminho da continuidade do seu legado.


Inteligência Artificial: Imortalidade sem Alma

Imagem desenvolvida em Dall-E, por Mindtree Lda


A curva evolutiva de tudo isto será muito curta, porém muito interessante. Possivelmente, de forma faseada: primeiro será possível conversar consigo através de texto num chat, depois em voz e a seguir em realidade aumentada, virtual, holograma.


A julgar pelo ritmo atual de desenvolvimento do Processamento de Linguagem Natural (PLN), Inteligência Artificial (IA) e aprendizagem e capacidade de computação das máquinas (machine learning), durante os próximos 10 anos poderemos criar mais do que memórias físicas ou digitais: poderemos deixar uma versão de IA de nós mesmos, capaz de interagir com gerações futuras, aconselhá-las e participar ativamente na continuidade de legados familiares e empresariais.


A tudo isto resolvi chamar: Inteligência Artificial: Imortalidade sem Alma.Você pode continuar a existir, ser imortal, mas a sua alma não.


A noção de imortalidade, tradicionalmente associada à preservação da alma ou do espírito, está a ser reinterpretada através da tecnologia. Esta I/A não vai preservar a "alma" no sentido espiritual ou religioso, mas sim a essência cognitiva e experiencial de um indivíduo.

A sua imortalidade digital pode ser alcançada através do armazenamento e da simulação de padrões de pensamento, memórias, valores e personalidade.


A Inteligência Artificial vem permitir, mais uma vez na história da humanidade, tornar real aquilo que até agora existia apenas na ficção científica, imaginada pelo homem. E tem a capacidade cognitiva de continuar a aprender baseada na sua própria experiência e informação com que é alimentada.


Bem sei que este é um tema com várias questões filosóficas que merecem ser debatidas, e que são muitas as perguntas que devem ser feitas antes da tomada de uma decisão relativa à forma como pretende preparar ou não a sua I/A.


Quer deixar como legado para as gerações futuras uma IA preparada por si? Se não quer, como pode assegurar que alguém não o faz por si e sem a sua autorização? Está disposto a que a sua memória seja preservada e contada por terceiros, baseados apenas em artigos e fragmentos disponíveis nas redes sociais ou na comunicação social? E se essa memória não for correta, nem verdadeira, ou estiver manipulada como acontece com as Fake News?Como pode assegurar que a sua IA não será adulterada? Querendo, como pode preparar toda a informação necessária sobre si para “alimentar”a sua I/A? Que vitórias, desafios, livros que leu, filmes que viu, ensinamentos, estratégias, valores morais, pensamentos, receitas para a vida, quer que sejam preservadas na sua I/A? Quem da sua família vai poder aceder à sua I/A? Qual é a imagem que quer que a I/A guarde de si? A sua I/A deve ter a capacidade de evoluir e aprender após a sua morte física, ou deve permanecer um retrato fiel do momento de sua criação? Quem vai ajudá-lo a documentar e preservar as suas memórias e o seu legado?


Tendo respostas para estas perguntas vou focar-me apenas na última! Quem vai ajudá-lo a documentar e preservar as suas memórias e o seu legado?


Na Mindtree reconhecemos a profundidade deste desafio e empenhamo-nos em fornecer as ferramentas e a orientação necessárias para o ajudar a documentar e preservar as memórias do seu legado.


Desenvolvemos um programa personalizado, adaptado a cada indivíduo, para recolha, preservação e curadoria de memórias em formatos multimédia para ajudá-lo a preparar a sua herança virtual e que pode consultar em: https://www.mindtree.me/en/legacydoc


Estamos prontos para ajudá-lo a decidir, conversar consigo sobre tudo isto, e, construir em conjunto a Inteligência Artificial do seu Legado.


Rui Lourenço


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